3 coisas que aprendi no Bootcamp DataViz sendo UX Writer

A How Bootcamps, em parceria com os queridos da VagasUX, disponibilizaram 5 vagas para o Bootcamp DataViz. Por sorte do destino eu, que nem sorteio de bala ganho, fui uma das contempladas em uma dessas seletivas.

Com duração de 6 encontros, repleto de práticas e discussões, o curso teve facilitação de Afonso Lopez, product designer na Ambev.

Sem mais delongas, vamos aos aprendizados:

  1. Dados sem storytelling não ajuda muito

Mais do que ter dados, modelá-los e interpretá-los são desdobramentos que nos, como UX Writers devemos, ao menos, entender como funcionam.

Dica: antes mesmo de partir para o visual, crie um pequeno roteiro do que deseja comunicar. O ideal é começar do micro para o máximo. Tenha em mente: para a visualização de dados, temos pouquíssimo ou quase nenhum espaço para textos e microcopies. Utilize da semiótica (cores, símbolos, ícones, etc.) e arquitetura da informação para eliminar o que é irrelevante e organizar o que é importante para a mensagem e o usuário.

2. Dataviz não é só sobre gráficos

Você sabia que existem centenas de alternativas para um gráfico de pizza? Sabe quais os melhores momentos para optar por um gráfico de barras? E o treemap? Falando de visualização, é instantâneo pensar que a imagem será construída com apenas um ou dois tipos de gráfico, porém, existem várias possibilidades para nós, UX Writers explorarmos e sabermos exatamente qual utilizar em determinado contexto.

Além disso, é nosso papel entender e aliviar a carga mental de nossos usuários. Dominando a visualização de dados, conseguimos ter mais uma ferramenta para facilitar a compreensão de nossos receptores.

Dica: existem diversos sites que podem te ajudar a escolher o tipo de visualização ideal para sua negregado, um deles e o DataViz Project. Lá, você encontrará diversos tipos de gráficos para escolher conforme o propósito de sua mensagem.

3. UX Writers precisam entender sobre dados

Como designers, umas das características que devemos ter e a curiosidade. É indispensável assumirmos a curiosidade no que tange dados, especialmente se estamos alocados em times de produto. Se nossos entregáveis estão atreladas a metas, KPIs e milestones de negócios, precisamos entender como impactamos isso, quais as alternativas de medição.

Caso não seja possível ter dados dedicados/específicos sobre Writing ou Design, é importante entender as metas do negócio, da empresa e dos setores.

Dica: não é preciso correr para fazer um curso imediatamente. Inicie ainda que em baby-steps. Converse com o time de dados da sua empresa ou com um colaborador. Caso onde trabalha não exista time dedicado ou esteja em busca de recolocação/migração, procure grupos ou vídeos sobre o assunto. Ampliar seu campo de conhecimento só trará benefícios e segurança em sua atuação.

Lidar com escrita é trabalhar com a subjetividade e qualitatividade. Li, em Articulating Design Decisions, o seguinte parágrafo:

They know that they don’t know, yet they still insist their ideas and opinions are right. This is one of the most bizarre parts of our relationship with stakeholders! People will readily admit they are not good at our jobs, yet insist on making changes that we believe will be detrimental to the user experience. They say that they trust us as experts and yet frequently overrule us. (GREEVER, 2020, p.04.)

Todos acreditam que sabem fazer seu trabalho melhor e mais rápido do que você. Essa frase pode ser realidade para muitos UX Writers e Designers, nosso trabalho é visto como algo fácil e rápido de ser feito, quando, na verdade, requer muita pesquisa, investigação e entendimento de diversas áreas.

Aprender e explorar novas possibilidades de apresentar nosso trabalho e resultado é importante para entregar mais valor e visibilidade para nossa atuação. Por esses motivos, precisamos atualizar regularmente nossa caixa de ferramentas e, definitivamente, a Visualização de Dados vale a pena estar lá.

Artigo por: Isadora Aguiar. UX Writer/Redatora na Action Labs e mineira de Belo Horizonte.

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