Estima-se que em torno de 30% dos seguidores de Trump sejam robôs.
Nos EUA, a vitória de Donald Trump em 2017 veio manchada por um escandaloso episódio de disparos de notícias falsas sobre sua oponente na internet, minando-a e abrindo caminhos para sua chegada à Casa Branca.
Com as pessoas cada vez mais conectadas por meio de redes, criar e propagar notícias falsas acabou se tornando a maneira mais eficaz de se fazer uma campanha política. Prática que configura crime.
A prática se baseia na credibilidade do emissor, que pode ser qualquer pessoa que tenha recebido a mensagem e, que, sem checá-la, tenha passado adiante, muitas vez chancelando-a a próprios punhos, reforçando o poder de rede.
Não é de hoje que notícias influenciam campanhas. A Rede Globo, veículo de comunicação com maior alcance nos anos 1990, assumiu o seu erro ao manipular informações sobre candidatos e criar, assim, a maior fake news da história do Brasil.
O perigo se potencializa quando esses disparos são realizados porbots(robôs programados para simular ações humanas de maneira padrão). Segundo a Universidade de Oxford, mais da metade do tráfego da internet é feito dessa forma. Utilizando uma simples hashtag, por exemplo, eles dão evidência a um assunto, real ou não, tornando-se assim importante arma política.
Estima-se que em torno de 30% dos seguidores de Trump sejam robôs. Há estudos feitos pela FGV a respeito de episódios polêmicos no Brasil em que 13% das notícias contrárias e 7% das notícias a favor eram disparadas de forma automática, influenciando assim a formação de uma opinião pública negativa a respeito do evento.
Para comprovar os efeitos práticos das fake news, um experimento do Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital da Universidade Federal da Paraíba, sobre disparos automáticos de notícias falsas, foi acompanhado e divulgado pelo programa Fantástico.
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